Episódio de South Park mostra como os jogos Freemium são feitos

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O episódio de South Park que foi ao ar ontem (05) à noite (você pode assistir, em inglês, aqui), representa de forma divertida como os jogos Freemium são feitos, mas diferente de outros episódios exagerados, o que acontece nos minutos iniciais de “Freemium isn’t free” é uma explicação mais que fidedigna de como esses “jogos grátis” são criados.

[Spoilers – Cuidado]

No episódio, Stan está viciado no jogo mobile de Terence and Philip, um joguinho de construção com compras embutidas, curiosamente muito parecido com o jogo de “Uma Família da Pesada”, que inclusive foi criticado (pela mídia especializada) por ser muito “freemium”.

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O “príncipe” e o Ministro de “mobile gaming” do Canadá explicam para Terence and Philip como os jogos Freemium funcionam. Segundo eles, os jogos são feitos para serem “ocasionalmente” divertidos, dando ao jogador a impressão de que se gastar algum dinheiro irá se divertir mais. Calma que tem mais, posteriormente, eles explicam como os jogos freemium “realmente” funcionam, arrancando altas quantias de 1% dos gamers, enquanto a maioria não gasta nada.. soa familiar?

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O episódio não é um dos melhores da season, mas com certeza é hilário para quem trabalha no ramo. Ele é quase um vídeo educativo para crianças demonstrando como os “jogos grátis” podem ser viciantes e gastar muito dinheiro.

Embora o assunto não seja novo, não deixa de ser engraçado a forma como ele foi abordado. Agora a parte triste é ver que a grande maioria dos jogos mobile realmente são assim, peças de software levemente divertidas que poderiam ser melhores, caso não fosse as compras embutidas e limitadores que buscam arrancar o dinheiro do usuário.

Já discutimos esse tema em vários posts, confira alguns deles:

Jogo Freemium: “é ruim, porque é grátis”

MG Explica: o que é um Jogo Freemium, Paymium e Premium?

Vice-presidente da Gameloft fala sobre a polêmica “Freemium”

  • Dario Coutinho

    O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: [email protected]

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1 comentário em “Episódio de South Park mostra como os jogos Freemium são feitos”

  1. Antes de mais nada tenho que dizer que eu praticamente nunca joguei games assim na vida e que nem tenho smartphone. Mas gosto de desenvolvimento de games e de pensar sobre isso. E sou um gamer hardcore aficionado. E com isso eu tenho que dizer: Não concordo totalmente com as críticas do episódio. Fez parecer um pouco que os desenvolvedores, todos os desenvolvedores deste tipo de jogo aliás, são pessoas más e que passam os seus dias pensando em como viciar as pessoas para retirar todo o dinheiro delas. Os sistemas freemium são uma tentativa de comércio diferente de simplesmente vender o jogo. Quando você compra um jogo, você paga primeiro e joga depois. No freemium você só paga depois de jogar, e só se si interessar pelo jogo. Isso é muito importante para um mercado tão competitivo e com várias empresas, desenvolvedores e títulos completamente desconhecidos escondidos num mar de diferentes opções de jogos; na maioria gratuito(muitas vezes, genuinamente gratuitos). Só porque alguns desenvolvedores e empresas estão se aproveitando disso não quer dizer que todo o conceito esteja errado. Mas se não está dando certo, sei lá, vamos ter que pensar em novas maneiras de vender vídeo-games. Fora que existem leis a serem seguidas, e se necessário, criadas. Por exemplo: Cada coisa a ser comprada a parte dentro do jogo deve ter preços dentro de padrões de mercado para não ficarem caras demais. Muio alem do que deveria e precisaria ser cobrada. Outra coisa seria um sistema de limite diário, mensal e anual de quanto uma pessoa pode gastar num único software. E principalmente denuncias e processos contra empresas e desenvolvedores que estejam se aproveitando desse sistema. Seja por parte de concorrentes que estão trabalhando direito ou de pessoas. Mas lembrando que geralmente são as pessoas que extrapolam os limites e depois acham que estão certas por terem sido muito ingênuas ou manipuladas. É como alguém que processa o McDonald’s por ter comido lá descontroladamente. E engordado. Na maioria das vezes a culpa é da pessoa porra!!!

    Mas a pior parte de todo o episódio de longe é essa situação de insinuar que vídeo-game e jogos de cassino e azar, ou seja, o vício em jogos, é exatamente a mesma coisa! Eu já ouvi tanto essa asneira que eu cheguei a realmente pensar muuuito sobre o assunto. O que me fez inclusive a mudar todo o meu conceito sobre o que é o vício e entender melhor o que é a sua definição. De qualquer forma essa é uma péssima comparação. No Brasil dos anos 80, na verdade ainda hoje, muita gente espalha e acredita em um monte de mentiras, exageros e distorções sobre o mundo dos games, geralmente negativas, no aparente intuito de demonizá-los. E comparam eles ao mercado de drogas, fumo e bebidas que seduzem as pessoas a acreditarem que existem coisas positivas em algo que na pratica é extremamente nocivo. Não. Vídeo-game não deve ser visto desta forma! Isso é um absurdo. Pelo menos o lado bom é que o pai do Stan que falou todas essas asneiras o que mostra um posicionamento positivo do South Park. Apesar de poder ter ficado bem confuso pra quem não entende de vídeo-game e nunca assistiu o programa.

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