Free Fire é melhor que PUBG Mobile? Entenda a polêmica!

Que PUBG Mobile é infinitamente superior a Free Fire, todo mundo sabe disso, mas por que muitos jogadores brasileiros preferem o jogo da Garena?

Em todo o mundo, PUBG Mobile (ou Fortnite) aparecem no top de games mais baixados no Android e iOS. Mas no Brasil, Free Fire reina absoluto.

A situação chegou ao ponto de criar-se o meme “Free Fire é melhor que PUBG”. Mas será que o meme está certo?

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– Comparativo? Oi?

PUBG Mobile é um jogo desenvolvido na Unreal Engine 4, com foco em dispositivos High End. Analisando apenas a qualidade técnica na produção, percebe que o jogo da Tencent Games é muito superior. Gráficos, física, tamanho dos cenários, jogabilidade, PUBG Mobile é melhor que Free Fire praticamente em tudo.

Porém, toda a beleza técnica exige recursos, muitos recursos. Para jogar PUBG Mobile, sem estressar o smartphone, é preciso ter no mínimo um top de linha de 2016.

Até mesmo smartphones intermediários, com as primeiras gerações de Snapdragon 600, não rodam o PUBG Mobile com visual no máximo. Alguns Samsung Galaxy com processador Exynos sofrem horrores, para rodar este game, que é sim, mais otimizado para a GPU do Snapdragon (Adreno).

– Maioria esmagadora dos smartphones no Brasil são básicos

Meme de PUBG vs Free Fire.

Em 2017, ficou evidente que ter apenas 2GB de RAM, e processador 32 bits, não seriam mais o suficiente para rodar os lançamentos mais pesados da Google Play. A primeira grande decepção foi com Gangstar New Orleans.

Em 2018, essa tendência seguiu forte, e muitos fãs se viram decepcionados ao tentar rodar games como Modern Combat Versus, Shadowgun Legends e PUBG Mobile. E isso acontece mesmo comprando dispositivos básicos recentes como o Moto G5.

O Brasileiro (“público médio”) adora jogar no celular. Mas a parcela de jogadores que vai investir R$ 4 mil reais (em um dispositivo comprado no Brasil) apenas para jogar, é muito baixa. E os smartphones intermediários capazes de rodar PUBG Mobile de forma minimamente aceitável, ainda são um sonho distante de muitas crianças que apenas herdam aparelhos usados dos pais.

– Free Fire não “estressa” nem smartphone com 1 GB de RAM

Bem mais comum na realidade do Brasileiro são os smartphones com 1GB de RAM. Moto G2, G3, Galaxy Prime e até mesmo o primeiro Moto G1 de 2013! Todos rodam Free Fire com “uma mão nas costas”.

De verdade! Free Fire roda no Moto G1 com um visual muito bonito e taxa de frames excelente, sem quedas. Mesmo com o hoje ultrapassado Snapdragon 400 e Adreno 305.

Agora eu te pergunto: qual as pessoas no Brasil vão preferir? PUBG Mobile, pesado que nem sequer é compatível com o smartphone de muita gente, ou Free Fire, um game leve que roda facilmente em muitos smartphones de 2012?

Mas calma que o trunfo do Free Fire não é apenas a compatibilidade.

– Partidas mais rápidas

PUBG Mobile é uma réplica quase perfeita do game PlayerUnknown’s Battlegrounds do PC. Perfeita até demais, pois o jogo possui partidas longas que chegam a durar mais de 30 minutos.

Todo desenvolvedor sabe que apesar da qualidade, esse tipo de gameplay de longa duração não é o que a maioria do público mobile gamer procura (e nem tem bateria para isso). Muitos jogadores querem apenas uma “jogadinha rápida”.

E é justamente nesse quesito que Free Fire acerta em cheio. O game é realmente “Mobile”, pois sabe encaixar a jogabilidade Battle Royale de PUBG, com uma proposta mais rápida e direta. As partidas em Free Fire duram de 15 a 8 minutos.

– Conclusão

Free Fire é “melhor” que PUBG Mobile. Mas isso só é verdade na concepção de quem nunca nem sequer experimentou jogar, de forma fluída, o jogo da Tencent Games. Não é só o visual, sem as limitações de bateria (tempo de tela) e poder de processamento, PUBG Mobile é melhor que Free Fire em todos os aspectos.

Não é algo ruim. O importante é todo mundo jogar e conhecer esse novo gênero, Battle Royale. Free Fire faz um ótimo serviço para aqueles que não tem oportunidade para jogar PUBG Mobile.

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    by
  • Dario Coutinho

    O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: [email protected]

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