Review: The Witcher Battle Arena é um jogo para se esquecer

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É mesmo uma pena pegar The Witcher Battle Arena para jogar em meio a todo o hype de The Witcher 3 para consoles como Playstation 4 e Xbox One. A CD Projekt queria criar um jogo de MOBA para ampliar o universo de The Witcher, mas o resultado é uma contração que mais parece uma arritmia cardíaca. Dói no coração, pegar um jogo tão bugado curto e cheio de falhas como The Witcher Battle Arena, lançado recentemente para Android e iOS.

– Universo sem expansão

Antes de mais nada, The Witcher Battle Arena não serve de introdução e nem prévia de The Witcher 3, e isso é uma coisa que nem esperávamos. O fato da CD Projekt lançar o jogo como um MOBA (Multiplayer Online Battle Arena) foi algo, à primeira vista, tido como positivo.

Porém, o produto final fica muito longe de qualquer coisa tida como agradável. Certo, você baixa o jogo de graça. Ok, você elogia os gráficos. Mas e daí? Dá para passar pelo menos uma semana jogando? A resposta é um sonoro não.

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O motivo é que o jogo é raso feito uma poça d’água em um terreno lisinho. Os cenários são minúsculos, a quantidade de campeões é pequena e as partidas só duram o tanto que jogadores acharem suportável. Provavelmente você irá jogar no máximo 10 minutos e depois vai desinstalar.

Não estou pedindo nada cheio de opções como DotA 2 ou League of Legends, mas Vainglory (iOS e em breve no Android) possui elementos na medida certa para manter o gamer de celular entretido.

– Jogabilidade rasa

Os comandos são basicamente toques únicos na tela, e o jogador pode jogar com apenas um dedo. A quantidade de movimentos é tão superficial que chega a ser deprimente. Se o jogo tivesse 20 ou 30 heróis diferentes, até era algo passível de compreensão, mas são apenas 9, sendo que o jogador nem pode jogar com todos eles no começo.

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Testei todos os heróis de Gerald, Letho, Philippa Eilhart, Zoltan Chivay até Iorveth. O melhor é este último que citei, que possibilita você atacar a distância. Os demais funcionam mais no estilo “tanker” com alguns ataques a distância.

O sistema de evolução, armas e armaduras para comprar durante as partidas também é brochante. É possível farmar ouro facilmente e completar o arsenal muito antes da partida acabar. Já aconteceu comigo de o outro time simplesmente desistir de jogar e ficar dentro do seu “nexus” (a base onde recupera energia) e o jogo fica travado ali em uma partida infinita.

Falando em bugs, no Android é um saco jogar. Quase todo dia tem pequenas atualizações que obrigam você a baixar o jogo todo novamente. E o pior de tudo é que o jogo fica apresentando erros e o jogador tem que ir lá e tentar concluir novamente. Sabe o que é pior? Tem que baixar com a tela acessa.

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– Conclusão

Do que adianta um jogo ter um visual bacana, mas depois de rodar (se conseguir) duas vezes, você desinstala e nunca mais olha para ele. Assim é The Witcher Battle Arena. Na ânsia de miniaturizar um jogo de MOBA, o pessoal da CD Project esqueceu de colocar as camadas de jogabilidade que tanto fazem sucesso nesse gênero. Assim, The Witcher Battle Arena é um game que mais parece um advertising game, e não merece a sua atenção.

+Prós

  • Gráficos bacanas
  • Em português

-Contras

  • Bugs
  • Atualizações precisam ser baixadas com a tela do device ligada
  • Erros constantes na atualização
  • Jogabilidade rasa
  • Poucos golpes e baixa quantidade de “campeões”

Nota 4/10

 

Ficha Técnica

Plafaformas: Android 4.0+iOS 7+

Tamanho: 200 MB

Idioma: Português

 

    by
  • Dario Coutinho

    O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: [email protected]

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