Review: Eternal Legacy (iPhone, Android)

Não é sempre que a Gameloft se aventura no gênero RPG. Principalmente no subgênero RPG em turno, só existe dois jogos feitos pela empresa neste subgênero: o mediano Ninja Prophecy (celulares comuns) e o big fail Eternal Legacy (iPhone). Siga pelas linhas abaixo e veja o porquê a Gameloft precisará de muito cuidado em uma futura investida no subgênero de RPG de turno.

Antes de qualquer coisa gostaria de dizer que completei o jogo 2 vezes. E em nenhuma das duas reparei novidades. Eternal Legacy é claramente indicado para quem nunca jogou um RPG na vida. Entretanto, é uma verdadeira heresia a quem já experimentou da fonte Final Fantasy.

História estranha com gente esquisita

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Conheça Astrian, um zé ninguém que tem estranhos sonhos no qual parece sempre pretenso a fazer algo grande. Vivendo no reino tirano de Algoad ele faz parte de uma resistência que luta contra esse governo tirano.

O caldo engrossa quando uma entidade chamada Lua deseja o fim de tudo (mais clichê impossível). A partir daqui a história toma rumos inesperados e meio difíceis de acompanhar. Grande parte da culpa disso reside no fato de nem o próprio jogo se importar com a sua história.

Como é? nem os personagens ligam para a história.
 

Tudo é apresentado por meio de explicações e buracos na história. Por exemplo: as pedras Varsh fazem isso; Reinherz ficou “do mal” por aquilo. Há momentos que são cópias descaradas e tentativas forçadas de dramatização: Como o bizarro romance de Astrian e Lysty, que se deflagra repentinamente e logo apos a garota morre sem mais nem menos, em uma clara “inspiração” à morte de Aerith (Final Fantasy 7).


Pobre Lysty (cara de boneca inflável).

Outro romance bizarro é o de Edmund (mistura de Dante, Vincent e Cid) com Shira. Edmund parece um cara de mais de 30 anos e Shira parece uma menina de 14 anos, isso deixou esse propenso romance muuuuuito estranho.

Quê?

 

Os diálogos são outro problema. Muito mal bolados e bem genéricos, nenhum personagem parece ter nada a dizer, ou oferecer sobre o outro, parece não existir relacionamento entre os personagens. Um fator agravante é a péssima dublagem em conjunto com a dessincronia labial. O resultado é um enfraquecimento dos diálogos que já eram ruins.

O game segue a história de forma totalmente linear, tanto que há uma seta que acompanha o personagem durante todo o tempo. Não deixando você explorar os mapas ao seu bel prazer.

O que tem de bom então?

A arte do jogo é muito boa. Tanto a música quanto as “artworks” do jogo são muito bonitas e agradáveis. Ao que parece a produtora não soube passar para a terceira dimensão, todo o sentimento que os artista colocaram em suas telas e partituras.

Gameplay

Mencionei antes que o jogo era em turnos mas não é exatamente assim. Eternal Legacy possui um contador de tempo onde você deve executar o comando no tempo determinado, caso contrário você perde a vez. O que não deixa de ser encaixado no sistema de turnos.

Por padrão você controla somente Astrian durante as batalhas, mas pode-se passar a controlar todos os integrantes do grupo mudando a opção no menu do jogo.

Existem magias, poções e evocações, nesta parte encontra-se mais uma coisa ruim: navegar entre os menus principalmente de poções. São tantas que você fica perdido tentando achar “poção cura grande” ou “renascimento”.

O game durou certa de 7 horas, o que é curto se comparado a excelentes RPGs como Chaos Rings. As opções de salvamento são bem limitadas, portanto é bom deixar slots com saves de capítulos anteriores, pois o jogo não oferece a possibilidade de retorno ao mapa quando você está prestes a enfrentar Lua.

Bugs e Erros

Eternal Legacy é um jogo muito mal acabado, claramente publicado às pressas na App Store. Há um bug constante durante troca de cenas, assemelhando-se a uma travadinha, algo pequeno mas que deixa uma péssima impressão.

Outro bug está em uma das evocações. É um mostro verdade o qual eu esqueci o nome, vez por outra o jogo simplesmente fecha ao evocá-lo. Mais um bug observado foi na Gameloft live do jogo. O game não computou todas as minhas conquistas durante a jogatina .

A seguir, algumas screens dos bugs e erros de tradução:

Era para ser “Entretanto”…

 


A verdade está la fora… e parece um baú que “decolou”.

 

Era para ser “exército”.

+Prós

  • Artworks legais
  • Trilha sonora bacana

-Contras

  • Bugs
  • Erros de digitação na tradução
  • História fraquíssima
  • Personagens desinteressantes
  • Cenários vagos e sem vida
  • Final sem graçae praticamente inexistente, parece que estavam com preguiça de fazer um final decente.

Nota: 6

Nome: Eternal Legacy
Produtora: Gameloft
Plataformas: iPhone, iPod Touch, Android e iPad
Gênero: RPG
Versão: 1.0.0d
Lançamento: 2010

Bônus

O Final do game é totalmente sem graça. A falta de vontade em contar a história foi tão grande que o final é totalmente aberto. Só aparecem os heróis na floresta e então é hora de nunca mais olhar para este game.

  • Dario Coutinho

    O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: [email protected]

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11 comentários em “Review: Eternal Legacy (iPhone, Android)”

  1. Horrível, este é um jogo tedioso e o pior é ter gente com coragem de comparar com Final Fantasy.Existem inúmeros RPGs melhores que esse para iPhone – Heroes Lore, Zenonia, Chaos Rings,Final Fantasy I, II e III.

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  2. "Gênero: Corrida"?????***Enfim, ótimo review. Agora eu enterrei de vez a vontade de comprar ou baxar esse game. O negócio é jogar Zenonia e FF3 =D. Eu fico com pena da Gameloft que contrata gente sem criatividade nenhuma e aindo por cima tentam copiar outros jogos

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  3. Malz ae, é que sempre copio o final do review anterior para facilitar a edição.Valeu por avisar***Sobre o gameHimura, pior do que isso é ver reviews falsos como o do IGN. Parece que eles sequer executaram o jogo. O Pocketgamer pelo menos deu 6.E vale lembrar que estas empresas tem contratos com sites e revistas proibindo postar reviews dizendo que o jogo é ruim.Exemplo: http://www.mobilegamer.com.br/2011/03/ubisoft-lev

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  4. Dário minha opinião sobre esse jogo. estou jogando a uma semana. Você até pode controlar todos os personagens tirando do modo automático. só que é um sofrimento, é tudo muito rápido, você tem que adicionar os comandos de cada um, sem olhar pra luta por que, se você ficar olhando a luta e acionando os comando de cada um, você acaba se perdendo… e que raios de Save é esse? que nem no MENU principal tem essa opção. fiquei horas tentando saber como salvar esse game… ele seria ótimo se existisse a opção Salvar no menu principal e se as lutas não fossem em tempo real, e sim em turnos. Ótimo Review.

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  5. Olá Thiago, realmente o jogo tem vários pontos falhos…Mas você precisa jogar mesmo é Sacred Odyssey, neste, a Gameloft acertou em cheio. É o melhor jogo da Gameloft que joguei para iPhone (e Android) até agora.

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  6. Acredita que eu estava na dúvida se eu comprava esse de cima, ou Sacred Odyssey. acabei comprando o Eternal. mas pretendo comprar o Sacred. e aguardo um Review seu também. da próxima vez, vou ver seus Reviews antes antes de comprar um jogo caro e pesado. eu baixei a versão Lite do Ravensword que de longe lembra o Sacred Odyseey. é legal também. Valeu.

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  7. Dário sem problema. eu aguardo. Obs: esqueci de comentar, quando baixei a versão Lite do "Ravensword" comprei também outro jogo legal, não sei se você conhece, mas vale a pena. "Crusade Of Destiny" além de ser barato o jogo é legal. ambos tem a opção de andar de cavalo lembrando muito Zelda. particularmente estou gostando. os gráficos são bem simples lembrando um jogo de N64. nesse tempo de frio dá pra passar umas horas se divertindo.

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  8. Na verdade o Astrian não é padrã, você pode controlar qualquer personagem solo, por exemplo meu grupo era Edmund, Astrian e Reinherz, eu jogava de Edmund, basta colocar o personagem que você quer como primeiro no grupo.

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