Como seria o Zeebo 2 ?

 

Como é de conhecimento de todos, o Zeebo é era (já era pra ter morrido) um console que iria receber conversões dos nossos benditos jogos para celular. Acontece que a Zeebo inc (que não é apenas a Tectoy, que isso fique bem claro) parece que esqueceu que tinha que firmar parcerias principalmente com as produtoras de jogos para celular. O final da história, todo mundo tem ideia. Sendo um assunto relacionado a jogos para celular é claro que isso já entrou em nossa pauta.


Zeebo 2

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Aqui vai o nosso devaneio. Na nossa inútil opinião o próximo console da Zeebo Inc deveria ter no mínimo o sistema operacional Android (que é Open Source, portanto gratuito para a implementação). Antes que alguém pense que seria ridículo um console com sistema de celular, olhem bem para o Zeebo atual:

  • Possui processador ARM (usado em smartphones)
  • Acessa rede 3G

O Sistema

Qual a diferença disso para um celular? O Sistema atual é muito parecido com o de um smartphone, porém, parece que ficou meio distante ou difícil para os desenvolvedores. A ideia de colocar o sistema Android, seria para que o porting dos jogos ficasse mais fácil. Hoje em dia existe uma grande gama de jogos para Android e como o preço dos aparelhos é proibitivo (algo em torno de 2 mil reais) para muitas pessoas. Seria uma solução ideal para atingir esse nicho de mercado, bem como, difundir certos jogos que só existem na plataforma móvel, mas que possuem qualidade idênticas aos jogos de consoles.

A grande parceira da Zeebo Inc nessa empreitada deveria ser a Gameloft. Não entendo como uma empresa teve coragem de lançar algo que deveria receber jogos de celular e não fechou um contrato com a líder de mercado e produtora que nasceu fabricando jogos para celular. O catálogo de jogos da Gameloft é imenso, tanto para celulares comuns, quanto para smartphones.

Embora tenha processador (ARM 11 / QDSP-5 rodando a 528 MHz) e memória (128MB) similares ao smartphones da época, o sistema interno do Zeebo tornou sua via um pouco difícil, pois os desenvolvedores “não vieram” como se esperava.

O Hardware

Na parte de hardware não seria pedir muito se o novo console viesse com processador ARM Cortex A8 de até 1ghz e memória RAM de 512 mb. (não custa sonhar).

A exigência acima seria para aproveitar melhor toda a gama de jogos existentes. Há uma padronização do mercado em torno dos aparelhos móveis que vão em tenor de 600mhz a 1ghz. Algo, além disso, atingiria uma parcela mínima do mercado de smarphones e não interessaria as produtoras.

Os jogos

Como citado acima, não dá pra pensar em jogos para celular sem pensar na Gameloft. Digo, essa produtora tem cerca de 60 títulos para iPhone e não existe dificuldade por parte de desenvolvimento em portar esses jogos para outras plataformas, como vimos, rapidamente seus lançamentos saem para Android e Windows Phone 7.

Além da Gameloft, a facilidade de se usar o sistema Android, permitiria qualquer desenvolvedor indie ou produtora pequena a criar jogos também para a plataforma.

O preço

O novo Zeebo não poderia passar dos 800 reais. Podem rir, mas a verdade é que esse é o preço de um iPod Touch com 32GB e algo além desse valor não justificaria a compra. Se o novo console saísse por uns 600 reais, seria uma ótima compra

O Marketing

Definitivamente deveriam abandonar a ideia que querer fazer do Zeebo um “Wii Brasileiro”. Uma campanha de marketing que funcionaria muito melhor seria anuncia-lo como uma alternativa barata para se rodar jogos do iPhone e Android. Se por um lado um smartphone top de linha custa em torno de 2 mil reais, por outro isso criaria na mente do consumidor a ideia de uma ótima compra, o que obviamente seria verdade. Afinal, existe muito interesse nos jogos para smartphones, mas novamente, pagar 2 mil reais em um aparelho apenas para jogar, não é a realidade de muita gente.

Resumindo, esse é o meu devaneio. Toda semana prometemos um texto inútil assim.

    by
  • Dario Coutinho

    O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: [email protected]

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