Devil May Cry Peak of Combat é uma Vergonha!

A indústria de jogos para celular tem testemunhado um crescimento exponencial, com grandes franquias fazendo a transição para telas menores. No entanto, nem todas essas transições são bem-sucedidas.

Um exemplo disso é “Devil May Cry: Peak of Combat“, que, apesar de sua herança gloriosa, acabou se tornando uma fonte de desapontamento para muitos fãs. Este artigo explora as razões por trás dessa decepção e como o jogo perdeu uma oportunidade crucial de lançamento.

O Problema da Monetização Excessiva

Desde o seu lançamento, DMC Peak of Combat tem sido alvo de críticas severas devido à sua estrutura de jogo.

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O game é curto, e os testes betas deixavam claro que a parte mais avançado do jogo, onde viria a monetização, estava oculta.

Com o lançamento, a verdade se revelou.

DMC Peak of Combat adotou um modelo de gacha, onde os jogadores são incentivados a gastar grandes quantias de dinheiro para progredir ou desbloquear personagens icônicos como Vergil. Esta abordagem gerou acusações de ganância por parte dos desenvolvedores, afastando muitos fãs leais da série.

Vergil pode custar até 500 reais!!!!

Perda de Relevância Técnica

O Timing Perdido de 2021

Tudo indica que Devil May Cry Mobile também terá suporte a controles Bluetooth. (Foto: Reprodução)

Um aspecto notavelmente negligenciado na estratégia de lançamento de Devil May Cry: Peak of Combat foi o timing. O jogo foi lançado em um momento em que a tecnologia móvel já havia avançado significativamente. Em 2021, durante a apresentação do iPad Pro, o jogo teria se beneficiado enormemente do palco e espaço, não havia nenhum grande título lançado e estávamos em plena pandemia.

No entanto, o lançamento tardio resultou em um produto que parece defasado em comparação com as capacidades atuais dos dispositivos mobile atuais e fraco se comparado a concorrência.

 

A Era da Emulação do PS2

Atualmente, a maioria dos smartphones Android tem capacidade para emular jogos do PlayStation 2, uma façanha técnica que coloca Devil May Cry: Peak of Combat em uma posição desvantajosa.

Os jogadores agora podem acessar os títulos originais da série Devil May Cry, que são considerados clássicos, diretamente em seus telefones. Isso torna a versão móvel menos atraente, especialmente quando se considera a falta de inovação e a monetização agressiva.

O jogador de mobile mais “antenado”, vai saber encontrar melhores experiências em jogos de hack’n slash e vai até conseguir emulador os três primeiros Devil May Cry no celular.

Peak of Combat parece uma experiência scriptada, feita para capturar o jogador casual desavisado. Uma estratégia até compreensível em 2021, mas não em 2024.

 

Conclusão: Uma Oportunidade Perdida

Sem a menor sombra de dúvida, Devil May Cry: Peak of Combat é um dos PIORES lançamentos do mobile recentemente. Não apenas pela limitação do jogo, mas principalmente pela oportunidade perdida pelo estúdio NebulaJoy.

O desenvolvimento arrastado, brigas internas e outros problemas resultaram em um jogo limitado, muito aquém do esperado.

Apenas para você ter uma ideia, o gerente de comunidade no Discord detonou a Nebula Joy recentemente. De acordo com ele:

“A NebulaJoy tem uma péssima reputação na China pela forma como trata e explora os funcionários”.

Ele continua…” é uma empresa exploradora, abusiva, golpista e mentirosa que trata seus funcionários como lixo e depois os demitem sem motivo”, relatou o ex-moderador. “Sua única intenção é sair por cima, e é por isso que modificam o jogo para que pessoas mais casuais joguem e gastem dinheiro em sua mecânica de gacha super cara. Eles não estão interessados em ler o seu feedback ou mudar o combate, porque isso os faria perder grana — e eles prefeririam ser odiados do que deixar de ganhar dinheiro”.

 

Com informações de Tecmundo.

    by
  • Dario Coutinho

    O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: [email protected]

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