Nintendo ataca vídeos de mod de Breath of the Wild no Youtube

​A Nintendo retorna com suas clássicas manobras de direitos autorais, desta vez mirando novamente criadores de conteúdo no YouTube. A comunidade de modding de Breath of the Wild tem sido um tema popular e uma nova maneira de jogar desde o lançamento do título original em 2017. Com mods divertidos como adicionar Waluigi como modelo para Link, até mods que incluem conteúdo totalmente novo na forma de DLCs feitos por fãs, como “Second Wind”, o jogo continua vivo e atualizado mesmo após 6 anos de seu lançamento.

No entanto, a Nintendo parece discordar e não gosta quando as pessoas jogam o game de maneiras não planejadas por eles. Assim, utilizando-se e abusando do sistema de direitos autorais e tirando proveito do sistema problemático do YouTube para lidar com tais questões, a empresa bloqueou diversos vídeos de criadores de conteúdo que ousaram mostrar qualquer tipo de mod relacionado a Breath of the Wild (e alguns outros jogos, como Pokémon Scarlet/Violet) na última semana. Alguns criadores não apenas tiveram seus vídeos bloqueados, como também começaram a receber notificações de violação de direitos autorais em vários de seus vídeos. Vale lembrar que ao acumular três notificações, o canal do YouTube é imediatamente encerrado, colocando em risco todo o trabalho dos criadores de conteúdo.

Esta não é a primeira vez que a Nintendo age dessa forma, e infelizmente, provavelmente não será a última. A empresa é conhecida por seu uso tirânico do sistema de direitos autorais, mesmo quando a modificação e emulação de jogos são completamente legais, desde que não envolvam pirataria direta. Além disso, os vídeos possuem natureza transformadora e se enquadram no conceito legal de “uso justo”.

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Os recentes ataques da Nintendo aos modders de BotW parecem estar relacionados ao lançamento da sequência do jogo, Tears of the Kingdom, previsto para 12 de maio. Portanto, a ação pode ser vista como uma tática para “proteger” sua marca de usos indesejados.

Alguns criadores de conteúdo, como PointCrow, começaram a contestar as reivindicações de direitos autorais da Nintendo, conforme declarado diretamente no Twitter:

Embora a contestação possa liberar os vídeos para serem assistidos, eles ainda podem ser novamente reivindicados pela Nintendo, desta vez com um processo em mãos. Resta saber se a empresa continuará a utilizar esse método abusivo do sistema de direitos autorais a seu favor.

 

 

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