“Republique” para iPhone e iPad impressiona com alto nível digno de consoles

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Você já ouviu falar em Republique? Muita gente não, mas deveria, pois se trata do que certamente deve ser considerado um dos jogos do ano nos dispositivos móveis. “E o que esse jogo tem de tão especial?”, você pode estar se perguntando. Isso pode ser respondido de tentas formas diferentes que resolvi listá-las acrescentando uma declaração do diretor do game no final para evidenciar as intenções dele e do estúdio Camouflaj.

Republique foi concebido para mobiles com a intenção de fazer um jogo DE VERDADE para essa plataforma que, infelizmente, é dominada por jogos bobos que fazem com que ela seja vista por muitos como uma sub plataforma. “Os jogadores merecem mais que isso.” Direção de Ryan Payton, produtor de Metal Gear Solid 4 e diretor criativo de Halo 4 que também é o fundador do Camouflaj. Ou seja, é um jogo feito por quem entende do assunto. “Queríamos levar elementos únicos aos mobiles e dar aos jogadores uma experiência sofisticada e conduzida por uma história que realmente significasse algo.”

A qualidade em termos de gráficos, som e valor de produção em geral pouco ou nada deixa a desejar diante dos consoles. Exemplo disso é a dublagem que conta com nomes de peso como David Hayter, dublador do Snake da série Metal Gear Solid e Jennifer Hale de séries como Metal Gear Solid e Mass Effect e de The Last of Us. “Tudo que fazemos tem que ter a maior qualidade possível. Mesmo que seja um jogo para iOS o tratamos como se fosse um jogo AAA dos consoles.”

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Muitos jogos para mobiles não possuem enredo e, quando possuem, é fraco e dispensável. Esse não é o caso de Republique que conta uma história consistente inspirada em obras de totalitarismo e distopia como 1984, Admirável Mundo Novo e V de Vingança. “Tem gente que diz que jogos com histórias nunca vão ter êxito nos mobiles. Pode ser que eles estejam certos, mas é meu dever tentar provar que estão errados.”

Embora tenha começado a ser desenvolvido antes do escândalo da agência americana de segurança vir à tona, esse jogo aborda um tema que coincidiu com o que talvez seja o assunto do ano: os escândalos de espionagem governamental, SOPA, censura e violação da privacidade. “Estamos abordando assuntos importantes e oferecendo aos jogadores uma aventura que irá fazê-los refletir sobre eles.”

Os controles são totalmente voltados para o uso do touch screen e na maior parte do tempo exigem apenas um dedo. O resultado funciona bem o bastante para que em momento algum se sinta saudades dos joysticks. “Me recuso a jogar qualquer coisa no iOS com joystick virtual. Por isso desde o começo tivemos como meta desenvolver um jogo de ação com controles feitos especificamente para dispositivos com telas táteis.” Em sua mecânica o jogo possui um conceito metafísico e inovador que é o fato de você não controla a protagonista, apenas indica para onde ela deve ir e ela vai sozinha.

O jogador controla um hacker que, assim como ele, não participa da ação, apenas a assiste intervém nela. O que o jogador controla são coisas como acessar câmeras, invadir computadores e telefones e trancar ou destrancar portas. “E se usássemos o conhecimento de que o jogador está do outro lado da tela e integrássemos isso na história? Isso dá a ele um papel importante no jogo. Ao contrário da maioria dos jogos, o protagonista não é uma marionete controlada pelos jogadores.”

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O game faz uso da jogabilidade stealth, popularizada por clássicos como Metal Gear Solid e Splinter Cell. Essa mecânica se encaixa perfeitamente com o enredo e funciona como raras vezes se viu nos dispositivos móveis. “Hope (a protagonista) não é uma heroína de ação, ela não sabe usar armas ou matar pessoas. É de uma forma muito natural que o jogo é conduzido rumo à furtividade.” Não ao estereótipo de heroína. A protagonista do jogo é uma menina frágil, no entanto com coragem o bastante para se arriscar por seus ideais.

Ela se destaca por suas qualidades e não por ser linda, gostosa e fodona. “Queremos que o jogador se identifique com ela, não que a deseje.” Eu já concluí o primeiro capítulo e posso dizer que o resultado me surpreendeu e que, pela ambição de criá-lo, Ryan Payton e o Camouflaj ganharam mil pontos comigo. Chega de “joguinhos de celular”, os mobiles para seguir crescendo como plataforma de games precisa de mais jogos de verdade como esse. Aconselho evitar o trailer oficial que é cheio de spoilers.

Quem quiser conferir melhor como é o jogo recomendo dar uma olhada nesse gameplay:

Republique [iOS (universal) – $4,99]

Republique custa $4,99 e vem com o primeiro capítulo. Os capítulos de 2 a 5 serão lançados ao longo de 2014 e poderão ser comprados por $4,99 individualmente ou por $14,99 num pacote.

Fontes: IGN, Kotaku, Modojo e GameInformer

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  • Redação

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