Review: Horn (Android e iOS)

De tempos em tempos surge um jogo que faz com que nós, que amamos jogar nos celulares e tablets, pensar: “quem só joga nos consoles está perdendo…”. Ano passado essa sensação apareceu ao jogar Sword & Sworcery EP, um dos melhores adventures que tive o prazer de jogar em minha “curta” vida gamística (algo em torno de 25 anos).

E neste ano (2012), essa sensação de ter algo único nas mãos está sendo, até o momento, ao jogar Horn. Um jogo inusitado, que apesar de ter várias inspirações em games famosos para console, consegue juntar tudo em um pacote imperdível e apaixonante.

Você controla Horn, o nome (super-original) desse garoto aprendiz de ferreiro, que acaba de acordar sozinho em uma aldeia cheia de monstros. Porém, é revelado mais tarde que esses monstros na verdade são os aldeões que foram transformados em criaturas, algumas gigantes, por uma magia poderosa, conhecida por Pygon. Como Horn é o único humano por perto, sobra para ele a tarefa de salvar todo mundo.

Horn tem uma atmosfera estilo Legend of Zelda misturado como Infinity Blade. Apesar de aparentar, nas screens, ser um jogo de mundo aberto, ele não é. Existe um caminho predeterminado a seguir, quase um sand-box, mas ainda, sim, é possível dar um passeio pelas localizações e conferir a qualidade gráfica do jogo, que é excepcional. O jogo é muito bonito para os padrões mobile.

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O áudio do jogo é perfeito, com diálogos vivos e necessários, não é apenas a velha baboseira tentando justificar alguma fase. Em Horn, a história é parte essencial do jogo e não um acessório descartável, como comumente acontece.

 

A pegada mais “artística” e o visual contemplativo estão presente em todas as tomadas e enquadramentos que dão sempre um tom de solidão e contemplação a cada novo cenário descoberto. O estúdio desenvolvedor do game é o mesmo do mediano Dark Meadow e ao que parece dessa vez acertaram na fórmula e dosagem dos elementos “Infinity Blade”.

Comandos

Os comandos em Horn são bastante simplificados, em vez de um D-pad para a movimentação do personagem, você só precisa tocar a tela para ele se movimentar. As lutas também podem ser resolvidas usando apenas uma mão, isso torna possível jogar Horn em qualquer lugar.

Ainda sobre as lutas, elas são totalmente no esqueminha do jogo que você já deve estar cansado de saber. Se em Dark Meadow, elas eram chatas e enfadonhas, aqui elas até que são divertidas, apesar de repetitivas. O diferencial é a possibilidade encontrar um ponto fraco e começar a explorá-lo afim de terminar a contenda mais rápido.

Minha única reclamação em relação a esse game é o sistema de salvamento. No esquema dos consoles, modo de save por Checkpoint se mostrou muito ruim, principalmente para quem tem um Android. Algumas vezes tive de atender uma ligação e perdi e quando fui voltar ao jogo, ele tinha reiniciado a fase.

O grande barato de Horn nem são as lutas em si, mas, os diálogos dos personagens e os puzzles, que , não são bloquinhos para montar ou desmontar, mas problemas apresentados nas próprias fases, justamente como em jogos para consoles, como God of War.

iPad 3 vs Nexus 7

O site PocketGamer postou um texto com imagens comparando as duas versões lançadas para os dois principais sistema do mercado. Como já esperávamos o iPad 3 levou uma leve vantagem, mas nada que comprometa a experiência.

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Google Nexus 7 (Ver em Tela Cheia)

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Apple third generation iPad (Ver em Tela Cheia)

Veja mais imagens em aqui.

Nota 9.5/10

    by
  • Dario Coutinho

    O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: [email protected]

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