Batterygate: o calcanhar de Aquiles da geração smartphone

Antigamente, nos idos tempos do Symbian S60v2 e Palm’s da vida, quando se pensava em smartphones, ninguém tinha receio do usar e abusar do aparelho o dia todo.

Hoje a coisa não é bem assim. Com a “necessidade” cada vez maior de se estar sempre plugado, os smartphones em geral (Não só o iPhone ok!) passam por um período difícil onde um aparelho raramente aguenta dois dias seguidos longe de uma tomada. Mas, onde nos perdemos?

Para ilustrar o problema, vamos voltar aos idos anos de 2007. Nesse ano foi lançado o saudoso Nokia N95. Um dos melhores smartphones já feitos. Naquela época, o aparelho vinha equipado com uma bateria de Lítium de 6 células, com alimentanção de 3,7v e com capacidade de 1200 mAh (miliampéres/hora).

Publicidade

Era uma boa capacidade que fazia o celular “durar” muitos dias, mesmo acessando web ou viajando e usando o GPS. Ainda estamos no comecinho do 3G e grande velocidade de conexão não era um fator importante a ser considerado. O N95 tinha um processador com 332Mhz e uns 128 de RAM na sua última versão. Rodava um SO que pode parecer arcaico, hoje em dia, mas que consumia com eficiência a bateria.

Bateria do N95: quase idêntica a do iPhone 4S em termos de capacidade.

Agora voltando a 2011 com o recém-lançado iPhone 4S com um processador de dois núcleos com 512 MB de RAM, um SO que usa e abusa dos gráficos e que “quer ficar sempre conectado”. Quantos miliamperes/hora você acha que a bateria dele tem? 3000mAh? 6000mAh?

Seria muito bom se a bateria do iPhone 4S tivesse pelo menos 2000mAh, mas a bateria que equipa esse aparelho fornece apenas 1400mAh, pouco mais de 200 miliampéres a mais que a bateria do “arcaico” N95?

O grande vilão dessa geração e da próxima de smartphones com certeza será a bateria. A “corrida dos processadores” será praticamente cancelada nos próximos anos em favor de mais tempo de aparelho funcionando.

Quem primeiro apontou nesse sentido foram os aparelhos com o sistema Android. Choveram tutoriais pela internet ensinando como desativar vários fatores que consomem bateria.

 

Robozinho já sabe há tempos que precisamos de mais bateria.

O mercado, também, se acostumou mau a querer sempre mais processamento. Ficamos tão apaixonados pelos smartphones, telas sensíveis ao toque, jogos fantásticos (sou suspeito para falar) que esquecemos que a tecnologia das baterias não evolui (nem evoluiu) na mesma velocidade que os Sistemas Operacionais.

A curto e médio prazo não há segredos, nem mágica. As opções são: manter os dedos longe do aparelho ou comprar uma case com bateria extra. Acredite, também ficamos mal acostumados a aparelhos cada vez mais finos. Uma case como a do vídeo abaixo, sacrifica muito pouco do design e temos mais uma bateria chttps://www.youtube.com/watch?v=Ye21rPOhwzIom grande capacidade (2300mAh), praticamente dobrando o tempo de “vida” do iPhone 4.

E é isso, esses são os problemas dessa geração de smartphones, agora imagine quando começarem a aparecer os primeiros smartphones com 4 e 8 núcleos.

    by
  • Dario Coutinho

    O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: [email protected]

Google News